Rasccunhho

“E olhei-o de longe/ E mirei-o de perto/ Que quem não vê caras/Não vê corações/E com um brilhozinho nos olhos/Guardei um amigo/Que é coisa que vale milhões .” Sérgio Godinho Ando extrema e extenuadamente nervoso (mais ainda do que costumo andar). Pela primeira vez na vida, vou pedir alguém em amizade. Assim, sem meias medidas: “Queres ser meu amigo?”. Não, não é no Facebook , que isso não conta. Tudo começou com um flirt na Estação de Carolina Michaëlis (de facto, não foi aqui mas só tenho agora uma foto desta estação de metro do Porto para ilustrar o post ). Ainda nem sequer saímos juntos, e já vou dar este grande passo! Acreditem, pedir alguém em amizade deixa uma pessoa mais à beira de um ataque de nervos do que uma proposta de casamento. É que a amizade é mesmo, mesmo, até que a morte nos separe. E, hoje, um casamento dura no máximo dos máximos 20 aninhos. Nunca na vida enfrentei maior desafio. Rezem por mim!

Escrever é o seu exercício com a mão. A mão escreve e assim vive. A mão escreve e dá a mão ao pensar. A mão escreve o cão e o caos, a mão dá à luz o cão e o caos, a mão é mãe, e o caos fica um bebé, mais tarde, no futuro, o bebé será um homem, e continuará a escrever à mão! No futuro, o homem escreve, sobre o joelho, sobre a mesa, escreve na folha, no caderno; e screver, homem e cão, é o seu sim e o seu não! 23 de Janeiro de 2019, Dia da Escrita à Mão. 

Ó pá, foge! Já 'tou farto do Presente, vamos lá fazer o Pretérito Perfeito! Que se foda   o resto!

Quando uma pessoa afirma "nunca mais vou ser feliz" sob que pré-co nceito de felicidade é que o sustenta? O seu ou o das outras pessoas? A felicidade da sua história ou da história da Humanidade? [A fotografia que fotografei está exposta na Estação de Metro da Trindade, no Porto, no âmbito da homenagem ao poeta, ficcionista e jornalista Manuel António Pina feita em 2018 sob o mote "Desimaginar o Mundo"]