E se eu me alienasse completamente? Se me despedisse do real, da guerra, não subindo ao céu, não evaporando, não me suicidando, mas descendo à terra, viajando ao centro da terra, não chamando o Fernando, mas tocando terra, comendo terra, gato cor de terra, na noite da terra sempre pardo, dormindo sobre e sob a terra, não escrevendo ao Armando, mas sonhando sob um cobertor de terra e folhas de árvores caídas, e por minhas mãos puídas ?????? Vivendo de minhocas, formigas, castanhas, girassóis, muitas batatas, couves e animais selvagens. Escrevendo poesia na terra e aforismos no verso das cascas das árvores. Corrigindo com sangue e apagando com cuspo cheio de terra. E se eu passasse a ser o louco da terra, passando a ser completamente irreal sobre a Terra, inapto para o mar e para o Iraque. Vivendo da real terra, do húmus total, até à cova também terrena que ao que parece é a cousa real mais irreal de todas as cousas, se eu p