Revolução
Abelhas bombardeiam os olhos do poeta, ele agora tem mel a rodos para dar, Arca d'Água é um éden de lume furtivo, e correm os rapazes contra todos os amanhãs sem canto: «Brasil, carpe diem», «Porto, tu também»; «Seu Horácio é que tinha razão, irmão!» «Mas o fado, pá, é melhor império futuro» O desporto termina na relva, onde Ramalho e Antero quase se mataram por literatura, e hoje cães marcam território. «Vergílio, o amor cansa de mais, os cínicos venceram tudo, e querer sem metáforas (um fogo que arde sem se ver) é uma revolução todos os dias.» N. B. , 13 de Maio de 2020